É engraçado como a maior parte das pessoas tem a mesma percepção do conceito de determinada idade. Passo a explicar, estava a falar com algumas das pouquíssimas pessoas do meu local de trabalho quem realmente gosto, sobre a idade e como nós não nos sentíamos com a idade que temos. Na realidade nem me acredito que estou mais para os 30 do que para os 20. 30 não é um número qualquer, na minha visão (e na deles) é aos 30 que uma pessoa assenta as ideias e a vida, um trintão é uma pessoa que supostamente tem um certo nível de maturidade, calma, tolerância e não faz figuras tristes, não diz disparates nem tem conversas parvas e incoerentes. Eu não podia estar mais longe disso. Não tenho ideias assentes sobre a minha vida e nem sei se quero, gosto da falsa sensação de liberdade que tenho.É claro que os trintões não são assim, mas ainda não larguei (nem eles) esta ideia pré concebida que tenho desde o secundário. Falou-se no secundário e na sensação que todos tivemos quando no 7º ano olhávamos para os do 12º e eles nos pareciam tão adultos e grandes! Pareciam pessoas maduras, já com corpo de adultos, muito bem vestidos, mas quando foi a nossa vez no 12º ano pareciamos ganapos, com poucas maminhas, ainda com a baby fat, sem barba, parvinhos e mal vestidinhos. A única coisa que nos separava do resto dos pessoal mais novo era o facto de estarmos empoleirados nas escadas do palco. As escadas do palco só eram frequentadas pelo topo da hierarquia.
É reconfortante saber que não sou a única pessoa que se acha imatura para a idade que tem e que teme a chegada dos "intas" e, acima de tudo, saber que essas pessoas com quem tive esta conversa, e que eu achava que até estavam bem encaminhadas para os 30, afinal são também têm esta percepção desfasada da idade!
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