A intimidade oculta do xixi

De uma forma geral, não gosto de casas de banho públicas. Não acredito que haja alguém que goste, mas às vezes prefiro sofrer a transpor a porta que separa um ambiente normal e um ambiente que quase dá para ver o nevoeiro de bactérias, vírus, fungos, parasitas, infecções urinárias e vaginais.
No entanto quando tem que ser, tem que ser e de preferência será numa casa de banho totalmente fechada.
O facto de outra pessoa ouvir o nosso xixi a cair na sanita e vice-versa é um bocado constrangedor.
Quer dizer, estamos nós e a outra pessoa de pipi ao léu (algo que acontece na privacidade, não há muita gente a andar por aí a mostrar a depilação púbica) e embora não haja uma imagem, há um som. Há um som próprio, porque a queda do xixi não é igual para todas as pessoas. Há aquelas que têm um fluxo forte e contínuo, outras que é intermitente, outras que cai na águas, outras que apontam para as paredes da sanita e depois há a diferença de densidade... E como fazer xixi é um acto privado (excepto quando feito atrás de arbustos, carros, capas do traje, etc) é estranho ouvir o som que é privado e intimo.
E então se saírmos da casa de banho ao mesmo tempo associamos o som a uma cara (o que é melhor do que associar a um pipi alheio), então às vezes há aquele sorrisinho tímido e fraquinho que é como quem diz "eu sei qual é o barulho do teu xixi".
Eu falo do xixi porque assim que reparo que é o tutu alheio a fazer barulho, páro imediatamente o que estou a fazer, entro em pânico e fujo!

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